Quadrinhos/
Romances
(Vanina Vissal)
VANINA VISSAL
Formou-se em Artes Cênicas pela USP. Finaliza seu primeiro livro, Câmaras-de-Gozo.
Janet Cardiff/Museu Inhotim
No Interior do Gozo
Ante-Câmara se arma/seguinte
Habitante, mal foi desfeito
O entrecho (quero dizer) o enredo, todos os
Envolventes passam por exame (separada, alter-
Nadamente)
A cada pausa
Ou pouso
**
Exercício revira seu próprio
Exame. Nada permanece
Apenas a tese (a espécie
Copula, coagula seu halo
Pregnante, “não há modelo, matriz
Recorrente, no entanto, corpo ao corpo
No entanto, corpo a corpo”)
Em conta-gotas faz
Suma e Surto
***
Jamais escapa à sessão
Fotográfica, radiografia do exato
Limite clínico-científico, uma a
Uma rodada de sexo, não há senha
Ao girar a palavra-ordem/agora nua
Agora nunca
****
Sensação de estar sendo sempre eximida
As aspas vêm depois (à leitura
Circunstante sala-de-espera, entre
Ginecológica e bueiro confessionário esquizo-
Anagrama sob olho crítico-crucial Alguém
Novas aspas A Revista-Escândalo diverte-
Me (não apenas a mim, pois, meninas
Não se entreolham dentro circuito expurgo
À Prova) “A Mulher Contemporânea”
Sim, se trata: provocação logo à entrada
Teste-se enquanto contemp./sigla
Logo se espraia em qualquer cabeça, carapaça
Disponível Museu Terminológico
“Não ter sensualidade histórica” dá
Em erro, palavras cruzadas a fiofilologia, quadrinhos
Pregressos lançam heroínas galáticas
Em cada consulta aos pelos crescidos
Palavras fora do tempo/data-vencimento
“Agora é minha hora”
Entro aos gritos
Quem passa pela sala-de-espera
Bem percebe a medida voz treinada
Em Pós-Dramático a pespontar
A próxima mulher parida por mim mesma
Como se fosse a esmo
Passar a revista o escândalo
De não haver um único, findo
Caso Sexo tal como exponho em fotogramasromances
Oralmente ou do jeito que for, a depender
Da inclinação solar, plexo impossível
Ouvinte, leitor em sala abarrotada
À espera de si (senso, senão
Fecho do semovente, obsedante, hipersoletra
Sexo mais seu x a mil a zero)